Diante de uma tendência de reverticalização da cadeia de suprimentos das empresas, em que cada vez mais é necessário o alinhamento de giro de estoque, matéria-prima e insumos com a o setor de produção e serviços; O controle de estoque e o balanceamento da cadeia de suprimentos assertivos tornam-se imprescindíveis. Para que isso ocorra, a gestão de recursos da instituição deve ser bem estruturada; entretanto, na grande maioria das vezes, essa gestão é dificultada por dois principais fatores: falta de controle das entradas e saídas de insumos e o excesso/falta reincidente de estoque.
Para micro e pequenos empresários, esse controle de estoque é ainda mais difícil. O excesso de atividades manuais, a maioria envolvendo lançamentos no papel, planilhas não moldadas à sua realidade e a não integração das informações de estoque no setor de vendas resultam em um controle de inventário de estoque ineficiente. A confiabilidade do serviço também fica comprometida, uma vez que não há priorização de produtos (quais produtos?) que, quantitativamente devem-se concentrar esforços.
Partindo dessa premissa, é de suma importância a utilização de ferramentas que consigam suprir a demanda dessa classe de empresários, que, hoje, segundo o SEBRAE são maioria esmagadora no Brasil. Como exemplo dessas ferramentas temos o princípio de paretto, que tem como base a premissa que, cerca os 20% dos produtos, representam 80% da suas vendas. Isso significa que, no planejamento periódico da empresa, é necessário incluir um estudo de demanda-inventário para que seus produtos chave (ou estrela) estejam sempre disponíveis em estoque, sendo possível até mesmo determinar a disposição ideal de estoque de segurança, que pode ser disponibilizado para pronta entrega, por exemplo, garantindo grande otimização. Para isso, a elaboração de uma curva ABC é de suma importância.
Outro ponto de atenção diz a respeito dos inventários imprecisos, representado pela causa raiz da falta de registro das atividade que envolvem o giro de estoque. Lidar com extravios, desperdícios, perdas e manutenção excessiva não impactam somente o controle de estoque em si, mas a organização como um todo, representando uma significativa perda de dinheiro. Além disso, existe uma grande preocupação voltada para roubo de insumos, com razão, estima-se que 74% das empresas brasileiras já tenham passado por algum tipo dessa fraude, representando um total de 2,2 bilhões de reais somente em furtos praticados pelos próprios funcionários.
Ademais, diferente de outras áreas, os estoques possuem grande quantidade e fluxo de informação diariamente. Carecendo de um meio que as centralize, para que sejam de fácil acesso, fácil atualização, tenha abertura para novos lançamentos e, principalmente, para que haja um controle mais analítico que permite a empresa tomar decisões mais assertivas e gerir essas informações adequadamente, para não deixar que o inventário de estoque saia do controle. Para isso, hoje são utilizados softwares, que em sua maioria tem custo de investimento bastante elevado e necessitam de pagamento mensal, porém, existem outras alternativas que, além de oferecer um meio para tratamento e centralização dessas informações, molda o sistema exclusivamente para empresas, suprindo prioritariamente suas necessidades de controle de estoque.
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Autor : Lucca Moreira – Gerente de Projetos
