Quem é responsável pela gestão de um negócio está familiarizado com a rotina de tomar decisões que podem mudar completamente os rumos da empresa. A rotina operacional, entretanto, costuma ser uma grande vilã do tempo do empreendedor, que se vê envolvido em atividades do cotidiano da empresa e, assim, investir tempo na gestão estratégica, acaba parecendo uma realidade distante.
Entretanto, não é segredo que empresas que se atentam à estratégia durante a execução do seu plano de negócios estão mais propensas a alcançarem vantagem competitiva, uma vez que a análise do contexto permite um melhor posicionamento da companhia frente aos seus clientes, parceiros e concorrentes.
Ao longo dos anos, portanto, tem sido um fator decisivo para uma gestão eficaz a definição de indicadores – métricas de performance relevantes que mensuram os principais pontos do empreendimento. Mas, antes de definirmos os indicadores do nosso negócio, é fundamental conduzirmos uma análise poderosa sobre o nosso ambiente ou, do contrário, corremos o risco de desperdiçarmos o nosso sagrado tempo medindo-se tarefas de pouca relevância organizacional.
A análise pode ser conduzida seguindo-se alguns passos simples:
Passo 01: análise de ambiente
Baseado no plano de negócios traçado para empresa, é fundamental que o gestor análise o seu ecossistema corporativo para que possa absorver as melhores práticas do mercado, o chamado benchmarking: vale mapear os concorrentes, conhecer melhor os serviços que estão prestando para os clientes e analisar criticamente os pontos em que performam melhor e pior do que a sua empresa.
Além disso, a gestão estratégica pode ser enriquecida pela observação do comportamento do público que se pretendem atingir, seja por meio de uma pesquisa de mercado em campo ou por percepções obtidas em revistas e sites voltadas ao nicho do empreendimento. O fundamental é se basear em fatos e dados para uma tomada de decisão consciente.
Passo 02: reflexão cultural
Após uma análise minuciosa do ecossistema, é uma boa prática refletir de forma estruturada sobre os pontos levantados na análise de ambientes para entender o que pode ser absorvido pelo plano de negócios proposto e o que corresponde à uma prática de mercado completamente diferente da estratégia de posicionamento! Vale ressaltar que cada empresa possui seus próprios traços, balizados após a definição da missão, visão e valores do negócio. Assim, a identidade da organização deve ser levada em consideração na gestão estratégica.
Passo 03: Definição de objetivos estratégicos
A Ápice Consultoria Jr. utiliza como referência o Balanced Scorecard (BSC), modelo desenvolvido por Kaplan e Norton na década de 1990. Nesse passo, nosso marco será a definição do mapa estratégico. Portanto, devemos ser capazes de estabelecer poucos, mas fundamentais (críticos) indicadores da gestão estratégica, capazes de expressar iniciativas preponderantes de modo a estabelecer foco extremo em resultado.
Por meio do mapa estratégico, o gestor tem em mãos o painel de controle necessário para monitorar o cumprimento da estratégia e interligar toda a organização, desdobrando-se da gestão estratégica à operacional (por meio de objetivos, medidas e metas) de forma simplificada e visual.
A forma como essas informações são dispostas no mapa estratégico tornam mais intuitivo ao gestor tomar decisões que envolvam o equilíbrio entre as perspectivas do BSC, o que melhor o orienta na tomada de decisões difíceis. Uma vez definida a estratégia, é fator-chave de sucesso o estabelecimento do plano de comunicação, de modo a facilitar o desdobramento do que foi pensado para gestão estratégica até o nível operacional.
Assim, deixamos uma sugestão final com base na experiência da Ápice Consultoria Jr. no mercado: envolva o ponto de vista dos colaboradores no momento de traçar os objetivos da organização, afinal de contas, eles contribuem para a concretização das metas mais ambiciosas que traçamos e estão diretamente ligados aos processos e aos indicadores que decidimos mensurar.
Autor: Luiz Gustavo Andrade Aleixo – Presidente